O Feitiço das Almas (1988)

Em 1991, Daniel Barenboim e Sergiu Celibidache encontraram-se no palco do prestigiado Stadthalle Erlangen para uma performance impressionante do Concerto para Piano N.º 1 de Brahms, uma notável destilação do ardor do jovem Brahms, que começou a escrever a obra aos 21 anos, em 1854.Embora a recepção tenha sido mista na época, provavelmente devido à sua complexidade e poucoconvencional, o concerto é agora considerado uma das obras-primas do compositor. Barenboim e Celibidache, dois dos artistas mais respeitados de todos os tempos, fazem uma leitura singular desta obra-prima ardente e finamente trabalhada. Dedicada a Robert e Clara Schumann, a obra é um dos mais longos concertos para piano do repertório, fruto de muitos anos de reflexão e refinamento, e é de se imaginar que esta interpretação teria agradado ao compositor, cujo espírito parece animar cada nota.