O Milagre dos Sinos (1948)

Tetuán é a viagem íntima de uma cineasta, uma história universal baseada em experiências de vida muito pessoais: as dos protagonistas, mas também as da própria Iratxe Fresneda. Tetuán é o último capítulo de uma trilogia, um filme que fecha um ciclo e projecta a realizadora para o que vem a seguir como contadora de histórias.  Paisagens espectaculares, uma natureza bela, cidades agitadas para lá do mar, a vida e as tribulações das comunidades que partilham o seu destino com o deserto: o que a câmara não capta ao vivo, o material de arquivo fornece. Imagens encontradas que misturam o passado e o presente, apimentando-as com o ritmo do fluxo de pensamentos de Fresneda. Uma voz-off que transforma o pessoal em universal, ligando o percurso criativo e introspectivo da autora nos passos do pai até ao presente. Impulsionado por uma cinematografia deslumbrante e um design de som envolvente, Tetuán é uma experiência sensorial.